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Bolsonaro se defendeu das alegações que resultaram na sua inelegibilidade, dizendo:
“Eu não me vejo impedido de forma legal de disputar a eleição.
As duas inelegibilidades, uma por se reunir com embaixadores, abuso de poder político, não tem cabimento.
É competência minha reunir com embaixadores e não de ninguém do TSE.
A segunda, abuso de poder econômico.
Quando acabou o 7 de Setembro, eu deixei minha faixa na cadeira e fui para o carro do Silas Malafaia e falei para talvez um milhão de pessoas.
Qual a estrutura do 7 de Setembro que eu usei para isso aí? Nenhuma estrutura. Nenhuma.”
Questionado sobre a comparação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que registrou sua candidatura à presidência em 2018 após ser condenado por corrupção, Bolsonaro rejeitou a analogia:
“Me compara com o Lula não, por favor.
Ele passou condenado por três instâncias por corrupção.
Eu fui condenado em um tribunal político. Eu acho que ninguém tem dúvida que o TSE é um tribunal político.”
Na mesma entrevista, Bolsonaro comentou sobre a recente decisão do STF de arquivar o inquérito sobre a fraude no cartão de vacina, esclarecendo:
“Eu jamais faria um pedido desse para alguém, me desmoralizaria politicamente, porque sempre fui contra a vacina, que até hoje é experimento.”
O ex-presidente também afirmou que a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de arquivar o caso não deixou dúvidas sobre sua inocência.
Sobre os eventos pós-eleições de 2022, Bolsonaro admitiu que conversou com aliados sobre alternativas para reverter o resultado da eleição, mas reafirmou que sempre agiu “dentro das quatro linhas.”
Ele explicou:
“Eu não esperava o resultado.
Nós entramos com a petição e, no dia seguinte, o senhor Alexandre Moraes mandou arquivar e nos deu uma multa de R$ 22 milhões.
Se a gente recorresse, podia passar para R$ 200 milhões.”
Apesar das denúncias e da possibilidade de prisão, Bolsonaro declarou:
“Eu tinha meus questionamentos.
Todo candidato faz isso quando ele vislumbra qualquer possibilidade.
E eu jamais passaria faixa para ele (Lula) também, mesmo que tivesse dúvidas de nada.”
Sobre a possibilidade de ser preso, Bolsonaro demonstrou pesar, afirmando:
“É o fim da minha vida. Eu já estou com 70 anos.”