Sequestro de empresário espanhol em SP termina com R$ 287 milhões desviados

photo policia civil

Ele foi chamado pelo nome. Ao responder, os supostos agentes teriam dito que eram da polícia internacional, e o colocaram à força no veículo. Os suspeitos estavam usando uniforme da Polícia Civil, segundo o boletim de ocorrência.

Aristizabal foi levado para um cativeiro, em uma área de mata em Mogi das Cruzes. Ele relata que teve de tomar remédio para dormir. Ele conta ainda passou a ser extorquido pelos sequestradores. De acordo com a vítima, os suspeitos teriam desviado uma quantia de US$ 50 milhões da sua conta – cerca de R$ 287 milhões na conversão atual.

Conforme o registro policial, no sábado, ele conseguiu escapar do cativeiro depois de colocar, escondido, o remédio tranquilizante em uma bebida que estaria tomando acompanhando de um dos sequestradores, de quem teria conseguido a confiança.

O espanhol conseguiu se libertar das algemas, escapar do cativeiro, e acessar um restaurante, onde acionou a PM. Os agentes foram ao local onde o empresário era mantido como refém e encontraram um dos sequestradores no local do crime.

Aos policiais, Ronaldo da Cruz Batista confessou a participação no crime e ele foi preso em flagrante. A defesa dele também não foi localizada.

De acordo com a Corregedoria da Polícia Civil, sete pessoas estão envolvidas no caso. De acordo com SSP, um policial civil também confessou a participação na ocorrência.

A secretaria diz que as autoridades seguem as buscas para capturar os demais envolvidos e esclarecer todas as circunstâncias do caso.

A Corregedoria da Polícia Civil investiga a participação da namorada de Rodrigo Aristizabal no crime. O espanhol relatou à polícia que Luana Bektas teria aparecido no local do cativeiro em um dos dias em que esteve sob o domínio dos bandidos.

Ainda conforme o registro policial, o empresário teria percebido, no dia do sequestro, que a companheira estava trocando mensagens no celular com um contato identificado como “Thor”, com quem ela já teria conversado em outras oportunidades, escondida do empresário.

Correio Braziliense

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